Roger Federer guardou seu melhor para o último Grand Slam da temporada. Com um tênis impecável, ele bateu Andy Murray por 3 sets a 0, com parciais de 6/2, 7/5 e 6/2, e coroou duas semanas de jogos difíceis e comemorações vibrantes conquistando o título do US Open pelo quinto ano consecutivo.
O triunfo em Nova York marca Federer como o primeiro tenista de da história a se sagrar pentacampeão em dois torneios do Grand Slam. Em Wimbledon, o suíço levantou o troféu de 2003 a 2007 e, em Flushing Meadows, de 2004 a 2008.
A marca desta última conquista, porém, foi a alegria com que o suíço comemorou cada parte de seu caminho até o título. Em seu primeiro Grand Slam como número 2 do mundo desde Roland Garros/2004, Federer não conteve as emoções. Gritou em pontos importantes como não fazia há muito tempo. Após selar a fatura, se atirou ao chão do Estádio Arthur Ashe.
Começo impecável
Federer esteve em seu melhor no primeiro set. Tomando a iniciativa dos pontos e cometendo poucos erros não-forçados (apenas sete na parcial), o suíço venceu seus games com facilidade e teve break points em três games de Murray.
A primeira quebra veio no sexto game, graças a três falhas seguidas do britânico. Murray não resistiu também no oitavo game, e Federer, que controlou a maioria das trocas de bola, voltou a quebrar, fechando a parcial em 6/2.
Murray adotou uma estratégia bem diferente da que teve nas semifinais. Em vez de atacar, buscando bolas vencedoras, como fez na vitória sobre Nadal, foi mais conservador, esperando por falhas de Federer. A tática permitiu que o número 2 do mundo ficasse à vontade para atacar. Assim, o suíço abriu o segundo set com uma quebra.
Em nítida desvantagem, o britânico mudou a postura e começou a atacar. A nova estratégia surpreendeu Federer, que foi quebrado logo em seguida, ainda no terceiro game, e deixou que Murray empatasse em 2/2. A maré mudou e o britânico teve três break points no quinto game, mas não aproveitou e perdeu a melhor chance que teve para tomara dianteira no jogo.
Pressão na medida certa
Mais consistente, Federer pressionou na hora certa o adversário, que fazia sua primeira final de Grand Slam. Com Murray sacando em 5/6, o suíço subiu à rede e matou dois pontos seguidos, conquistando três set points. Na primeira chance que teve, matou o set com uma paralela vencedora de direita.
O terceiro set foi uma formalidade. Com o adversário desanimado e sem alternativas para virar o jogo, Federer conseguiu duas rápidas quebras e saco com eficiência para abrir 5/0. Em um game desconcentrado, o atual número 2 cedeu uma quebra a Murray, mas voltou a quebrar o britânico no oitavo game.
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