segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Massa responde a Hamilton com elogio: 'Eu o admiro como piloto e como pessoa'

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O incidente entre Felipe Massa e Lewis Hamilton rendeu críticas por parte do piloto inglês, que acusou o brasileiro de ter provocado o acidente de forma deliberada. Em entrevista ao site da revista inglesa “Autosport”, no entanto, Massa fugiu da polêmica e preferiu colocar panos quentes na discussão.
- Nós temos uma boa relação. Eu o admiro como piloto e como pessoa, e estou certo de que ele me admira também. Não quero trazer problemas da pista para fora dela. Não tenho problema algum em dizer “olá” para ele, e até mesmo conversar sobre algumas coisas e me divertir. Sem problemas. Não vou mudar meu jeito com ele – diz.

Para o brasileiro, a falha de Hamilton no GP do Japão não minimiza a força do piloto inglês para as duas últimas provas. Segundo Massa, seria errado julgar o líder do campeonato somente por esta corrida.

- É sempre difícil falar sobre uma corrida. Você precisa falar corrida por corrida. Talvez você tenha um resultado negativo em uma prova, mas chega na próxima e está novamente muito forte. Não tem como saber. Na minha opinião, serão duas corridas muito difíceis e duras. Mas ele (Hamilton) pode estar muito forte, e nós podemos estar muito fortes. E nós precisamos acreditar nisto – afirma o brasileiro.

Dunga dispara contra a Fifa e não esconde irritação com Luxa e Renato

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De semblante tranqüilo após a vitória por 4 a 0 sobre a Venezuela, domingo, em San Cristóbal, Dunga perdeu a calma somente em dois momentos na entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira, no hotel onde a seleção brasileira está concentrada, na Zona Sul do Rio de Janeiro: quando foi perguntado sobre as críticas da Fifa ao futebol apresentado pela equipe, em seu site oficial, e as declarações de Vanderlei Luxemburgo e Renato Gaúcho postulando seu cargo.

Em entrevista ao "Esporte Espetacular", Renato afirmou que torce pelo sucesso de Dunga, mas que "ele entrou numa roubada". O treinador do Vasco disse ainda que sonha assumir a seleção, mas não agora. Já Luxa foi cotado para substituir o capitão do tetra após a conquista do bronze nas Olimpíadas, mas o técnico do Palmeiras tem se recusado a comentar a possível volta ao cargo na CBF.- Os números estão aí. Participamos da Copa América e fomos campeões. Fomos para as Olimpíadas, onde só quatro treinadores ganharam medalhas e sou um desses quatro. A Fifa só critica a seleção brasileira, isso mostra a nossa importância. Não vejo o site da Fifa fazer críticas para outros países, só pra gente. Se os outros também fossem importantes, seriam criticados. Mesmo sem querer criticar diretamente Luxemburgo, que disse que "se contrataria" para a seleção, e Renato, que acusou o treinador de ter entrado em "uma roubada", Dunga não escondeu a irritação. - Penso mais na seleção brasileira. No cargo que eu ocupo, tem que ter postura, dignidade e ética. Não falo a respeito dessas coisas. Com 16 pontos, o Brasil é o vice-líder das Eliminatórias, e encara a Colômbia, quarta-feira, às 22h, no Maracanã, pela primeira rodada do returno da competição.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Futsal: Irã apronta a primeira zebra do Mundial contra a favorita Espanha na estréia

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Atuando de forma surpreendente no primeiro tempo, o Irã conseguiu a primeira zebra da Copa do Mundo de Futsal ao empatar, nesta quarta-feira, no Maracanãzinho, com a favorita Espanha, atual bicampeã mundial, por 3 a 3, na estréia das duas equipes no Grupo D. Com o resultado, a Espanha passa a ser uma possível candidata a enfrentar o Brasil na segunda fase da competição, já que os donos da casa devem terminar como primeiros colocados do Grupo A, e enfrentam o segundo colocado do Grupo D. Clique aqui e confira a tabela completa da competição.



O primeiro tempo começou com a Espanha parecendo mostrar algum nervosismo pela estréia e pela responsabilidade de mostrar-se candidata ao tricampeonato. O Irã, por sua vez, sem qualquer responsabilidade de vitória, jogava solto, e teve a primeira chance de gol com apenas um minuto de jogo, quando, em uma falha de defesa européia, Hassanzadeh passou pelo marcador e chutou para boa defesa do goleiro Amado. Os espanhóis responderam um minuto depois, com uma bela jogada individual de Javi Rodríguez pela esquerda, mas com finalização errada, fraca e para fora.

Os iranianos abriram o placar aos três minutos de jogo, com Taheri, que recebeu a bola na direita e chutou cruzado. A bola bateu em Javi Rodríguez e enganou o goleiro espanhol, fazendo Irã 1 a 0. Marcando muito forte, mostrando excelente preparo físico, os iranianos não davam espaço à Espanha, que dificilmente tinha seus jogadores livres em quadra.



Irã surpreende nos contra-ataques e faz 3 a 0

Aos dez minutos, após uma falta cobrada na barreira por Álvaro, o Irã aproveitou o contra-ataque veloz com Shamsaee, que teve tranqüilidade para tocar na saída do goleiro Amado, fazendo 2 a 0. Jogando com muita consciência tática, os asiáticos não se acomodaram e, um minuto depois, voltaram a marcar após grande jogada individual de Hassanzadeh pela esquerda. Após passar por dois marcadores em velocidade, o ala driblou o goleiro na entrada da área e tocou para fazer 3 a 0.

Surpresos pela desvantagem no placar, os espanhóis erravam passes e permitiam que os iranianos antecipassem suas ações ofensivas. Com isso, o goleiro Nazari tinha pouco trabalho, e só fez sua primeira defesa aos 14 minutos, em um belo chute de Kike, espalmado para escanteio no canto esquerdo. No ataque, o Irã se dava o luxo de tentar fazer gols de calcanhar, como quase conseguiu Tayyebi a cinco minutos do intervalo. Amado fez boa defesa e impediu o golaço, para desespero do técnico iraniano Hossein Shams.

Apoiados pela torcida presente ao Maracanãzinho, os iranianos foram para o intervalo com três gols de vantagem no placar, apesar do empenho espanhol nos dois minutos finais em tentar ao menos diminuir a diferença para o segundo tempo. Mesmo com maior posse de bola na primeira etapa (68% a 32%), a Espanha não conseguiu traduzir em gols esta vantagem. Já o Irã, que utiliza as substituições de quatro jogadores a cada cinco minutos para descansar o máximo seus atletas, contou com seus dois jogadores mais habilidosos (Hassanzadeh e Shamsaee) e com contra-ataques velozes para construir a vitória parcial.

A Espanha voltou para o segundo tempo mostrando estar disposta a tirar a diferença no placar. Logo a 1m13s de jogo, após uma cobrança de lateral, Torras recebeu na entrada da área, e com um toque sutil e de muita categoria, marcou o primeiro gol espanhol na Copa do Mundo. O gol mudou a postura da equipe em quadra. Mais confiante e defendendo com mais vibração, os campeões mundiais acuaram o Irã no campo de defesa, mas ainda assim deixavam espaços abertos para os contra-ataques. Aos três minutos, Shamsaee quase fez seu segundo gol no jogo, sendo parado por ótima defesa de Amado.

A entrada de Torras no segundo tempo deixou a Espanha mais ofensiva e perigosa. Aos quatro minutos, o ala conseguiu nova boa jogada e deixou Andreu na cara do gol, mas o iraniano Ashgari salvou o gol em cima da linha, após o goleiro Nazari ter sido driblado, para desespero do veterano espanhol, que deu seguidos tapas na quadra, irritado.

A partida passou a ficar mais equilibrada na etapa final, já que o Irã não surpreendia a Espanha com seus contra-ataques como no primeiro tempo, e os espanhóis, mesmo mais organizados em quadra e finalizando mais, ainda não conseguiam marcar gols no bom goleiro Nazari. Este cenário durou até os nove minutos, quando Borja chutou da esquerda, a bola desviou na defesa e Nazari não conseguiu evitar que a bola entrasse no ângulo superior esquerdo. Era o segundo gol da Espanha, que incendiava a partida em busca da virada.

Aos 16 minutos, após diversas jogadas de perigo, os espanhóis, enfim, conseguiram o empate, novamente com Torras. Os bicampeões mundiais tomaram um susto logo em seguida, sofrendo uma bola na trave chutada por Shamsaee, mas devolveram um minuto depois, com uma bola também na trave mandada por Andreu.

No fim, diante dos desesperados espanhóis, o Irã tocou a bola, deixando o tempo passar e tentando garantir o empate diante de um dos maiores favoritos ao título. No fim, a 28 segundos do fim do jogo, Asghari tocou a mão na bola a dois metros da entrada da área. O árbitro marcou tiro livre direto, que Kike cobrou para grande defesa de Nazari, garantindo o empate que foi muito comemorado pelos asiáticos.

Surfe: Slater aparece, vence por combinação e fica a uma vitória do nono título mundial

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Kelly Slater até reclamou das ondas de Mundaka, mas mesmo assim deu as caras no Billabong Pro. E o americano não apenas apareceu, como deu um show na estréia e agora está a apenas uma vitória de conquistar o nono título mundial, por antecipação, na nona das 11 etapas do Circuito Mundial, o WCT.

Entre os brasileiros, apenas Heitor Alves e Jihad Johdr venceram na estréia. Adriano de Souza, o Mineirinho, Rodrigo Dornelles, o Pedra, e Leonardo Neves caíram para a repescagem.

Assim como Slater previa, a mítica onda de Mundaka não “acordou” nesta quarta-feira. As disputas foram para a cidade de Sopelana. O americano, que só precisa chegar às oitavas para erguer o caneco, tinha posto sua participação na etapa em dúvida. Isto porque, para ele e outros surfistas, as praias alternativas não têm condições de receber o chamado “Circuito dos Sonhos”.

- Seria ruim decidir o título mundial nesse tipo de onda. Espero que seja em Mundaka – diz Slater, depois de derrotar o americano Taylor Knox e o britânico Reubyn Ash.

Slater somou 16,33 pontos em sua bateria. Estava dando entrevista quando o australiano Taj Burrow também se classificava, com 0,01 a mais do que ele, no duelo contra o americano Damien Hobgood (13,00) e o espanhol Marco San Segundo (11,27). O aussie é o único surfista que tem chance de ser campeão mundial. Para isto, primeiro, precisa torcer para que Slater perca na próxima fase. Depois, tem de vencer a etapa.

Slater, porém, parecia muito à vontade nas ondas de Sopelana. Nos primeiros minutos, já tinha 6,83, enquanto os rivais tinham notas muito baixas: Taylor Knox (1,10) e Reubyn Ash (0,63).

As ondas quebravam longe, e Kelly, na metade da bateria, não conseguia escutar as notas. Pediu para os locutores repetirem a parcial. Ele vencia, com 8,83 pontos. Taylor tinha pego um 2,17, e precisava de 6,67 para virar. Ash buscava 7,83.

A dez minutos do fim, o octacampeão mundial tirou 7,33 para deixar os adversários em combinação. Não satisfeito, arrancou uma nota 9,00 em uma direita com duas manobras fortes, sendo uma delas um aéreo. Com 16,33 pontos a 4 minutos do fim, já estava com a vitória praticamente assegurada. Mas nem assim parou. Para o show ficar ainda melhor, deu um belo aéreo e, apesar de a nota não entrar no somatório (5,83), garantiu, em grande estilo, a vaga para a terceira fase.

- As ondas vieram para mim – resumiu.

Australianos brilham

Além de Taj, outros três australianos se destacaram no primeiro dia de disputas. O primeiro foi Mick Campbell, 31º do WCT 2008. Ele surpreendeu o francês das Ilhas Reunião Jeremy Flores, décimo do ranking.

Depois foi a vez de Nic Muscroft. Reserva do WCT, ele derrotou o havaiano Pancho Sullivan e o aussie Adrian Buchan. Este último, por combinação. Buchan vinha de uma vitória na França, onde impediu Slater de conquistar o enecampeonato.

Vice-mundial em 2004, Joel Parkinson, com 15,60 pontos, derrotou o americano Tim Reyes (10.66) e o espanhol Hodei Collazo (5.33) e saiu da água quando ainda faltavam seis minutos para o fim.



Baterias da primeira fase:

1. Heitor Alves BRA 12.70, Aritz Aranburu ESP 10.83, Kai Otton AUS 9.00
2. Mick Campbell AUS 13.17, Jeremy Flores FRA 10.93, Ricky Basnett AFS 8.37
3. Nic Muscroft AUS 16.00, Pancho Sullivan HAV 12.00, Adrian Buchan AUS 10.00
4. Roy Powers HAV 8.04, CJ Hobgood EUA 7.50, Manoa Drollet TAH 5.03
5. Bobby Martinez EUA 14.84, Ben Dunn AUS 14.00, Mark Occhilupo AUS 8.50
6. Eneko Acero ESP 13.16, Adriano de Souza BRA 11.27, Jordy Smith AFS 10.93
7. Joel Parkinson AUS 15.60, Tim Reyes EUA 10.66, Hodei Collazo ESP 5.33
8. Kelly Slater EUA 16.33, Taylor Knox EUA 6.16, Reubyn Ash GBR 3.50
9. Taj Burrow AUS 16.34, Damien Hobgood EUA 13.00, Marco San Segundo ESP 11.27
10. Tom Whitaker AUS 15.00, Txaber Trojaola ESP 12.50, Bede Durbidge AUS 6.43
11. Daniel Ross AUS 15.00, Luke Stedman AUS 14.17, Jay Thompson AUS 8.00
12. Jihad Khodr BRA 12.56, Rodrigo Dornelles BRA 11.94, Chris Ward EUA 10.76
13. Mikael Picon FRA 15.00, Leonardo Neves BRA 14.34, Dayyan Neve AUS 13.67
14. Tiago Pires POR 12.67, Dane Reynolds EUA 12.40, Travis Logie AFS 5.87
15. Daniel Wills AUS 14.83, Fredrick Patacchia HAV 10.00, Ben Bourgeois EUA 6.60
16. Kieren Perrow AUS 11.00, Luke Munro AUS 8.23, Royden Bryson AFS 7.10

Vanderlei Luxemburgo sem modéstia: ‘Eu sou bom mesmo’

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O técnico do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo, é um dos mais cotados para assumir a seleção brasileira, caso Dunga deixe o comando. E ao que tudo indica, está bastante disposto. Apesar de ser acusado de antiético por falar deste assunto, ele não faz cerimônia. Nesta terça-feira, em entrevista ao jornal “Diário de São Paulo”, Luxemburgo disse que está pronto para assumir o posto a qualquer momento.


- Estou preparado. Eu sou bom mesmo. Se vencesse Camarões, em 2000, eu seria campeão olímpico e ganharia a Copa de 2002 – lembrando a eliminação da seleção olímpica, em Sidney, na Austrália.


O treinador garante que comandar o Brasil não é uma obsessão e até aponta alguns concorrentes gabaritados.


- Acredito que o Muricy, e o próprio Paulo Autuori, que tem experiência de ter dirigido outras seleções, são nomes que podem comandar a seleção. Além do Abel Braga, que fez belíssimos trabalhos em competições sul-americanas – opina.


Luxemburgo ainda não conseguiu esquecer a sua conturbada saída da seleção e desabafa.


- Por que me tiraram da seleção se os meus resultados eram ótimos? Fui criticado por aquela eliminação contra a seleção de Camarões na partida que eu melhor trabalhei – diz.
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