César Cielo terá um grande adversário para se manter em alta depois de conquistar a medalha de ouro nos 50m livre nos Jogos Olímpicos de Pequim: ele mesmo. Apesar de elogiar os rivais, o nadador brasileiro acredita que o controle emocional vai ser determinante para que ele consiga seguir brigando pelos primeiros lugares em 2009, quando voltará aos treinamentos e às competições.
- Eu sou meu maior adversário. É difícil segurar a onda quando você não está bem. Não foi fácil a pressão neste ano, vendo os outros quebrando recordes atrás de recordes antes dos Jogos. Nos 50m livre, o controle emocional é 100% da prova e, em Pequim, foi a primeira vez que consegui me controlar. Para o futuro, uns 10 nadadores podem ganhar a prova. Todo mundo quer vencer e não bater recorde – afirma.
Cielo, aliás, se empolga com o tempo obtido no revezamento 4x50m livre, única prova que nadou no Troféu José Finkel, disputado no Corinthians até o último domingo. Ele fez 21s09, nada menos que 19 centésimos de segundo abaixo do recorde mundial (21s28, do australiano Eamon Sullivan). Em Pequim, ele levou o ouro com 21s30.
A marca no José Finkel, porém, não é aceita como recorde mundial pela Fina (Federação Internacional de Esportes Aquáticos) porque o brasileiro foi o segundo nadador a cair na água, dando a sua largada no instante em que Nicholas Santos, atleta que abriu o revezamento, tocou o bloco de largada. Como não iniciou a prova, largando com o sinal eletrônico, Cielo não terá sua marca reconhecida oficialmente como o melhor tempo do planeta nos 50m livre.
- O tempo do revezamento está pertinho do que eu quero fazer em julho de 2009, no Mundial de Roma-ITA. Nem acreditei naquele tempo, achei que fosse piada de alguém. Com a saída lançada, você ganha tempo. Mas meu objetivo é nadar abaixo disso. Os 50m são muito de momento, ganhei acima do recorde mundial – acrescenta.
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