domingo, 14 de setembro de 2008

Jade diz que não sabia da gravidade da lesão, mas que competiria mesmo assim

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A lesão no punho direito de Jade Barbosa continua rendendo... Após acusações feitas pelo pai da ginasta, que foram rebatidas pela Confederação Brasileira de Ginástica, foi a fez da própria atleta se pronunciar. Tranqüila, ela contraria a declaração dada pelo médico Mário Namba e diz que não sabia detalhes do seu problema. Mas, declara que competiria do mesmo jeito.

- Não passou os detalhes da lesão - diz ela, ao Esporte Espetacular, quando perguntada se foi informada sobre a gravidade da lesão.

Jade conta que, mesmo tendo a sensação de que poderia dar mais nos Jogos Olímpicos de Pequim, o desempenho foi satisfatório. A ginasta apresentou resultados inéditos para a modalidade no Brasil. Ela foi a três finais: por equipes, na qual a seleção conquistou a oitava colocação; no salto, ficando com o sétimo lugar, e na individual geral, em que conquistou o melhor resultado da história da ginástica brasileira com o décimo lugar.

Ela diz que poderia ter dado mais se as condições estivessem melhores. Explica que o punho e alguns problemas físicos pesaram. Mas, a ginasta conta que fez o que pôde na hora. Agora, de volta ao Brasil e mesmo no meio dessa polêmica, ela se sente aliviada.

- Estava nervosa, com uma sensação ruim dentro de mim. Então, quando aquilo (Olimpíadas) acabou saiu um peso de dentro de mim. Aquela sensação que eu tinha, acabou.

Saiba mais sobre o caso de Jade Barbosa

No início da semana passada, depois de divulgado que Jade tem um punho direito com desgaste correspondente à idade óssea de uma pessoa de 50 anos, a ginasta, de 17 anos, teve constatada uma necrose no capitato, um pequeno osso que fica no meio da mão. Para César Barbosa, a Confederação Brasileira de Ginástica sempre soube que sua filha sentia dores, acusando a CBG de negligência. A entidade confirma em parte o que o pai de Jade disse, mas nega que tenha havido descaso.

- Quem assistia aos treinos da Jade antes das Olimpíadas sabia que ela não iria bem em Pequim. Ela sente muitas dores e está com pouca flexibilidade. E a ginástica não é como no futebol, que a bola pode bater no jogador e entrar por sorte. Se a Jade não estava conseguindo fazer os exercícios nos treinos, estava claro que ela não conquistaria um bom resultado em Pequim - disse César.

Na última sexta-feira, a CBG se defendeu das acusações. A entidade apresentou documentos e argumentos de que a ginasta teve acompanhamento médico em todo o período de preparação para as Olimpíadas de Pequim e durante os Jogos. A presidente Vicélia Florenzano, inclusive, já estuda entrar na Justiça contra César Barbosa, que também promete uma luta nos tribunais.

- Em momento algum esta lesão foi um problema que não foi divulgado. Nós temos várias declarações da Jade, principalmente depois da competição de Cottbus (Alemanha), onde ela diz que o problema que teve no punho melhorou muito e não estava sentindo mais nenhum problema - afirma a supervisora Eliane Martins, referindo-se à etapa da Copa do Mundo, realizada em abril, quando Jade conquistou duas medalhas de prata.

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