São 12 pontos para o quinto colocado, mas o discurso do Corinthians sobre o retorno à elite do Campeonato Brasileiro não muda. Faltando 16 rodadas para o final da Série B, o técnico Mano Menezes mantém a cautela sobre o acesso e usa exemplo de outros esportes para garantir que o Timão ainda não é dono de uma das vagas na Primeira Divisão em 2009. O principal foi a seleção brasileira de vôlei feminino derrotada pela Rússia nas semifinais das Olimpíadas de Atenas, em 2004. A equipe de José Roberto Guimarães precisava de apenas um ponto (vencia por 24 a 19) para avançar à decisão, mas acabou permitindo a virada e ganhou o apelido de “amarelona”, só apagado com a vitória em Pequim. - Quanto tempo aquilo demorou para ser cicatrizado? Todo mundo sabe que os últimos pontos são os mais difíceis de serem conquistados. É assim em todos os esportes. No vôlei, você chega a 20, mas tem gente que não chega a 25. Na Fórmula 1, encosta, mas não ultrapassa. Temos que tomar cuidado. A situação não está definida – explica. Com a vitória sobre o ABC, sábado, no Pacaembu, o Timão chegou aos 48 pontos, abriu seis para o vice-líder Avaí e 12 para a Ponte Preta, quinta colocada. Pela vantagem, o clube pode assegurar a vaga na elite com algumas rodadas de antecedência, podendo acontecer ainda no mês de setembro dependendo de uma combinação de resultados. - Estamos próximos, temos um favoritismo e não vamos fugir disso. Mas ainda não temos a vaga. Cabe ao treinador tomar cuidado para que os jogadores entendam isso – acrescenta o comandante alvinegro. Mano Menezes, aliás, vem abusando da cobrança sobre os atletas para que não percam o foco na Segundona. O temor do treinador é que a equipe caia de rendimento pela vantagem e chegue aos últimos jogos brigando nas mesmas condições que os adversários. - Sem concentração, vamos entrar em um jogo, como já entramos, não respeitando o adversário e achando que ele não é capaz de nos ganhar. Assim, vamos perder essa vantagem e entrar na reta final tendo de competir de igual para igual com os outros. É isso que eu não quero – completa.
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