Classificado para as quartas-de-final da Copa Libertadores por conta da desistência do Chivas no torneio, o São Paulo não tem motivos para comemorar. Mesmo avançando à próxima fase sem sequer ter entrado em campo, a diretoria tricolor lamenta o fato de ter deixado de ganhar uma ampla quantia em dinheiro que renderia ao clube se o Morumbi estivesse lotado, como normalmente acontece nos jogos da Libertadores.
""Deveremos ter um prejuízo de R$ 2 milhões entre quotas de TV e bilheteria. Lamentamos profundamente. Tivemos a falta de sorte de ter caído com uma equipe mexicana. Se não fosse assim, estaríamos disputando normalmente como Palmeiras, Grêmio e Cruzeiro", disse o vice-presidente de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, em contato com o Terra."
O Chivas, assim como o San Luis, que enfrentaria o Nacional, desistiu da Libertadores depois que São Paulo e Nacional se negaram a viajar ao México para disputar as partidas de ida das oitavas, por temor ao surto da gripe suína que deixou dezenas de mortos no país.
A Conmebol informou, na última segunda-feira, em comunicado, que a decisão de Chivas e San Luis foi recebida oficialmente por meio de uma nota da Federação Mexicana de Futebol (FMF) e explicou que optou pela medida "a fim de não prejudicar o desenvolvimento" do torneio.
"Foi muito ruim para nós. Teríamos certamente um grande número no Morumbi, pelo menos 60, 70 mil pessoas. É um jogo com mais apelo porque vale pelas oitavas-de-final da Libertadores", lamentou Leco.
Questionado se teria como reverter essa quantia, o diretor são-paulino afirmou que a única maneira é lotar o estádio nos próximo duelos do torneio sul-americano e do Campeonato Brasileiro. "Isso é prejuízo. Não tem como reverter. A única reversão é a gente ganhar a próxima fase, prosseguir, porque ficar fora da Libertadores já é um grande prejuízo".
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